sábado, 16 de maio de 2009
para todos... os que quiserem ler
sábado, 9 de maio de 2009
11 | materiais (3)
Sobre a dificuldade em ser objectivo:
Algumas das diferenças que tenho em mente resultam da experiência anterior do indivíduo como cientista. Em que parte do campo trabalhava ele, quando se confrontou com a necessidade de escolher? Por quanto tempo trabalhou nele; qual foi o seu êxito; e quanto do seu trabalho dependeu de conceitos e técnicas impugnados pela nova teoria? Outros factores importantes para a escolha ficam fora das ciências. (…) Ainda outras diferenças significativas são funções da personalidade. Alguns cientistas põem mais ênfase do que outros na originalidade e têm mais vontade, portanto, em tomar riscos; alguns cientistas preferem teorias compreensivas, unificadas para soluções de problemas exactos e pormenorizados de alcance aparentemente mais restrito. (…) O meu ponto é, portanto, que toda a escolha individual entre teorias rivais depende de uma mistura de factores objectivos e subjectivos, ou de critérios partilhados e individuais.”
Thomas Khun – A Tensão Essencial
11 | materiais (2)
Ainda sobre as características de uma boa teoria científica:
“Começarei por perguntar: quais são as características de uma boa teoria científica? Entre muitas das respostas usuais, seleccionei cinco, não porque sejam exaustivas, mas porque são individualmente importantes e em conjunto suficientemente variadas para indicar o que está em jogo. Em primeiro lugar, uma teoria deve ser exacta: quer dizer, no seu domínio, as consequências deduzíveis de uma teoria devem estar em concordância demonstrada com os resultados das experimentações e observações existentes. Em segundo lugar, uma teoria deve ser consistente, não só internamente ou com ela própria, mas também com outras teorias correntemente aceites e aplicáveis a aspectos relacionados da natureza. Terceiro, deve ter um longo alcance: em particular, as consequências de uma teoria devem estender-se muito para além das observações, leis ou subteorias particulares, para as quais ela estava projectada em princípio. Quarto, e relacionado de perto com o anterior, deve ser simples, ordenando fenómenos que, sem ela, seriam individualmente isolados e, em conjunto, seriam confusos. Quinto – (…) deve ser fecunda quanto a novas descobertas de investigação: deve desvendar novos fenómenos ou relações anteriormente não verificadas entre fenómenos já conhecidos. Estas cinco características - exactidão, consistência, alcance, simplicidade e fecundidade - são todas elas critérios padronizados para a avaliação da adequação de uma teoria.”
Thomas Kuhn, A Tensão Essencial
11 | materiais (1)
Como o prometido é de vidro (logo, facilmente quebrável), aqui estão aquelas que são, para Kuhn, as características de uma boa teoria científica:
Precisão (ou exactidão) – “o cientista deve escolher a área em que a exactidão é mais significativa”; a melhor teoria será aquela que nos proporcione os resultados mais exactos e que prevê com mais rigor fenómenos futuros. Nas palavras de Kuhn: “as consequências deduzíveis de uma teoria devem estar em concordância demonstrada com os resultados das experimentações e observações existentes”.
Consistência – As teorias devem ser ter uma lógica interna e ser consistentes com a explicação científica de outros fenómenos. Assim, cada teoria deve ser consistente “não só internamente ou com ela própria, mas também com outras teorias correntemente aceites e aplicáveis a aspectos relacionados da natureza”. (é fácil perceber que a consistência facilita imenso a aceitação por parte da comunidade científica)
Alcance – Cada teoria é aplicável (e explica), não apenas aos fenómenos particulares observados, mas a muitos outros. “As consequências de uma teoria devem estender-se muito para além das observações, leis ou subteorias particulares, para as quais ela estava projectada em princípio”.
Simplicidade – Para além de parcimoniosa, a teoria deve tornar simples o que antes parecia complicado ou confuso. A teoria deve ordenar “fenómenos que, sem ela, seriam individualmente isolados e, em conjunto, seriam confusos.”
Fecundidade – Cada teoria deve abrir caminho para novas descobertas. Deve “desvendar novos fenómenos ou relações anteriormente não verificadas entre fenómenos já conhecidos”
quarta-feira, 6 de maio de 2009
10 | questões/divertimento
1. Explique o princípio-base do emotivismo.
2. Diga quais são as diferenças entre o argumento da diversidade cultural e o da coesão e tolerância.
3. Imagine que é um opositor ao relativismo cultural, que argumento (só 1) utilizaria para refutar esta tese?
4. Aponte as principais razões para que consideremos importante o diálogo entre culturas.
5. “Jeremy Bentham e John Stuart Mill defendem o mesmo”. Concorda com esta afirmação? Justifique a sua resposta. (se disserem que concordam levam!!)
6. Conselho 1. vejam o exemplo da ostra.
7. Stuart Mill defende que as acções que promovem o Princípio da Maior Felicidade devem ser consideradas boas. O que é o Princípio da Maior Felicidade?
8. Por que razão se diz que o utilitarismo é uma forma de ética consequencialista?
9. Imagine que é um opositor do utilitarismo que argumento(s) utilizaria para refutar esta tese?
10. Distinga acções por dever de acções contrárias ao dever.
11. Explique o significado da frase: “Sendo [o princípio da felicidade] o fim da acção humana, é também necessariamente o padrão da moralidade”.
12. Por que razão Stuart Mill recusa que o sacrifício seja, por si só, um bem?
13. Porque é que o autodomínio, o poder de serena reflexão, a coragem, a decisão e a perseverança não podem ser considerados bons nem maus, segundo Kant?
14. O que entende Kant por “boa vontade”?
15. Conselho 2. amem a filosofia!!