quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

para pensar, agora que é Natal

Só porque acho que devemos parar um bocadinho para olhar à volta, em vez de andarmos consumidos com as lâmpadas e os Pais-Natal-anões-pendurados-nas-janelas!


domingo, 6 de dezembro de 2009

11 | materiais - Platão, Górgias

Aqui fica o texto que iremos trabalhar brevemente (espero que desta vez isto funcione).

http://rapidshare.com/files/318055850/Plat__o_g__rgias.pdf
ou
http://www.megaupload.com/?d=E4WROC20

Também está disponível no moodle (só necessitam de se inscrever na disciplina, a password já todos conhecem)
http://www.e-educacao.osj.salesianos.pt/


Obrigado Mafalda!

sábado, 14 de novembro de 2009

11 | silogismo hipotético - exercícios

1. Crie um silogismo hipotético válido, no modus ponens em que o antecedente é: “sou estudante” e o consequente é “não sou feliz” (humm, onde foi que vi isto??).

2. Crie um silogismo hipotético inválido em que o antecedente é: “sou boa pessoa” e o consequente é “não sou má pessoa”

3. Analise a validade dos silogismos hipotéticos que se seguem e, caso seja(m) válido(s), indique o seu modo, caso seja(m) inválido(s) corrija-o(s) nos dois modos possíveis:

Se não há água na lua, então o SCP encontra treinador
O SCP encontra treinador
Logo, há água na lua

Se os artistas se disfarçam de Pai Natal já este mês, então as pessoas não vão comprar os presentes a tempo.
Os artistas disfarçam-se de Pai Natal já este mês.
Logo as pessoas vão comprar os presentes a tempo.

Se não estudo, então não vou ao concerto dos Depeche Mode
Não estudo
Logo não vou ao concerto dos Depeche Mode


As soluções estão nos comentários.

11 | silogismo disjuntivo (exercícios)

Ora aqui estão os primeiros (no fim está o link para as soluções):

1. Crie um silogismo disjuntivo válido, no modo tollendo-ponens em que as alternativas são: “sou estudante” e “não sou feliz”.


2. Crie um silogismo disjuntivo inválido em que as alternativas são: “sou boa pessoa” e não sou má pessoa”


3. Analise a validade dos silogismos disjuntivos que se seguem e, caso seja(m) válido(s), indique o seu modo, caso seja(m) inválido(s) corrija-o(s) nos dois modos possíveis:


Ou não há água na lua, ou o SCP encontra treinador

O SCP encontra treinador

Logo, há água na lua


Ou os artistas se disfarçam de Pai Natal já este mês, ou as pessoas não vão comprar os presentes a tempo.

Os artistas não se disfarçam de Pai Natal já este mês.

Logo as pessoas não vão comprar os presentes a tempo.


Ou não estudo ou não vou ao concerto dos Depeche Mode

Não estudo

Logo não vou ao concerto dos Depeche Mode


As soluções estão aqui (estou farto desta coisa do rapidshare e do megaupload não me deixarem fazer as coisas)

Soluções – silogismo disjuntivo

1. Neste tanto interessa que alternativa escolhem para ser a primeira, por isso aqui fica uma das duas hipóteses possíveis:

Ou sou estudante ou não sou feliz

Não sou estudante

Logo, não sou feliz


2. Para criar um silogismo inválido há várias hipóteses, desde que não criem um modus tollendo-ponens ou ponendo-tollens. Aqui fica um exemplo:

Ou sou boa pessoa, ou não sou má pessoa.

Não sou boa pessoa

Logo, sou má pessoa

(lembrem-se que o que interessa é a forma)


3.

3.1. O primeiro silogismo é válido: modus ponendo-tollens (na segunda premissa afirmamos uma das partes e na conclusão negamos a outra).


3.2. O segundo silogismo é válido - modus tollendo-ponens (ATENÇÃO, EU TINHA ERRADO NA VERSÃO ANTERIOR DAS SOLUÇÕES).


3.3. O terceiro silogismo é inválido pois em ambas as premissas estamos a afirmar as alternativas apresentadas na primeira


No modus ponendo-tollens ficaria:

Ou não estudo ou não vou ao concerto dos Depeche Mode

Não estudo

Logo vou ao concerto dos Depeche Mode


No modus tollendo-ponens ficaria:

Ou não estudo ou não vou ao concerto dos Depeche Mode

Estudo

Logo não vou ao concerto dos Depeche Mode

11 | regras... para os mais distraídos

Silogismo Hipotético:
Modus Ponens - na segunda premissa afirmamos o antecedente e na conclusão afirmamos o consequente.
Modus Tollens - na segunda premissa negamos o consequente e na conclusão negamos o antecedente.

Silogismo Disjuntivo:
Modus Ponendo-tollens - na segunda premissa afirmamos uma das alternativas e na conclusão negamos a outra.
Modus Tollendo-ponens - na segunda premissa negamos uma das alternativas e na conclusão afirmamos a outra.


Nota: Todas as situações que não estejam incluídas nestas 4 regras dão origem a silogismos inválidos.


have fun

domingo, 11 de outubro de 2009

11 | Exercícios

Pequena receita para combater o tédio do fim de semana


1. Distinga Verdade de Validade.

2. Explique quais as vantagens e desvantagens dos argumentos dedutivos (esta é para guardar para mais tarde... daqui a umas semanas, ok?).

3. Defina Conceito, Juízo e Raciocínio.

4. Relacione Conceito e Termo.

5. Por que razão se diz que só as frases declarativas são proposições?

6. Defina “argumento válido”.

7. Um argumento inválido pode ter premissas verdadeiras? Justifique.

8. Coloque cada um dos silogismos/argumentos que se seguem na forma padrão:

a) O Francisco escova os dentes porque todos os humanos escovam os dentes e o Francisco é humano.

b) As senhoras gostam dos saldos, e como é óbvio a Joana também gosta; afinal de contas, a Joana é uma senhora!

9. Encontre as opostas para cada uma das proposições que se seguem.

a) Não há pardais que cantem como os canários.

b) Os professores de filosofia são artistas.

c) Há alunos que estudam na véspera dos testes.

d) Alguns treinadores são despedidos antes do fim do contrato.

Divirtam-se!

terça-feira, 22 de setembro de 2009

11 | Materiais: Freud









Mais uma vez, sendo o prometido de vidro, aqui fica o texto da perspectiva de
Freud sobre a religião.

é só clicar aqui, ou no Freud e escolher a versão gratuita
Se o link não estiver a funcionar, avisem.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

10 & 11 | dias felizes


Há dias bem felizes, e vem aí um deles... É já amanhã (para uns, para outros depois de amanhã) e é o dia do regresso às aulas!!
Estou à espera de vos ver a todos com 'aquele sorriso' estampado no rosto, como que a dizer: "Finalmente as aulas recomeçaram! Já estava tããããão fart@ das férias."
Espero que este ano corra lindamente a todos, todos, TODOS!

sábado, 16 de maio de 2009

para todos... os que quiserem ler

Aqui fica, é de Kant e é muito actual. Principalmente para quem acabou de falar em Aristóteles, Locke e Rawls.

"[...] a sociabilidade insociável dos homens, isto é, a sua tendência para entrar em sociedade; essa tendência, porém, está unida a uma resistência universal que, incessantemente, ameaça dissolver a sociedade. Esta disposição reside manifestamente na natureza humana. O homem tem uma inclinação para entrar em sociedade, porque em semelhante estado se sente mais como homem, isto é, sente o desenvolvimento das suasdisposições naturais. Mas tem também uma grande propensão para se isolar, porque depara ao mesmo tempo em si com a propriedade insocial de querer dispor de tudo a seu gosto e, por conseguinte, espera resistência de todos os lados, tal como sabe por si mesmo que, da sua parte, sente inclinação para exercer a resistência contra os outros. Ora, esta resistência é que desperta todas as forças do homem e o induz a vencer a inclinação para a preguiça e, movido pela ânsia das honras, do poder ou da posse, a obter uma posição entre os seus congéneres, que ele não pode suportar, mas dos quais também não pode prescindir."
Immanuel Kant, Ideia de uma história universal com um propósito cosmopolita

sábado, 9 de maio de 2009

11 | materiais (3)

Sobre a dificuldade em ser objectivo:

“Quando os cientistas têm de escolher entre teorias rivais, dois homens comprometidos completamente com a mesma lista de critérios para escolha podem, contudo, chegar a conclusões diferentes. Talvez interpretem a simplicidade de maneira diferente ou tenham convicções diferentes sobre o âmbito de campos em que o critério de consistência se deva aplicar. Ou talvez concordem sobre estas matérias, mas difiram quanto aos pesos relativos a ser acordados a estes ou a outros critérios, quando vários deles se desenvolvem em conjunto. No que respeita a divergências deste género, nenhum conjunto de critérios de escolha já proposto é útil. Um pode explicar, como faz de modo característico o historiador, por que razão homens particulares fizeram escolhas particulares em tempos particulares. (…)

Algumas das diferenças que tenho em mente resultam da experiência anterior do indivíduo como cientista. Em que parte do campo trabalhava ele, quando se confrontou com a necessidade de escolher? Por quanto tempo trabalhou nele; qual foi o seu êxito; e quanto do seu trabalho dependeu de conceitos e técnicas impugnados pela nova teoria? Outros factores importantes para a escolha ficam fora das ciências. (…) Ainda outras diferenças significativas são funções da personalidade. Alguns cientistas põem mais ênfase do que outros na originalidade e têm mais vontade, portanto, em tomar riscos; alguns cientistas preferem teorias compreensivas, unificadas para soluções de problemas exactos e pormenorizados de alcance aparentemente mais restrito. (…) O meu ponto é, portanto, que toda a escolha individual entre teorias rivais depende de uma mistura de factores objectivos e subjectivos, ou de critérios partilhados e individuais.”

Thomas Khun – A Tensão Essencial

11 | materiais (2)

Ainda sobre as características de uma boa teoria científica:

“Começarei por perguntar: quais são as características de uma boa teoria científica? Entre muitas das respostas usuais, seleccionei cinco, não porque sejam exaustivas, mas porque são individualmente importantes e em conjunto suficientemente variadas para indicar o que está em jogo. Em primeiro lugar, uma teoria deve ser exacta: quer dizer, no seu domínio, as consequências deduzíveis de uma teoria devem estar em concordância demonstrada com os resultados das experimentações e observações existentes. Em segundo lugar, uma teoria deve ser consistente, não só internamente ou com ela própria, mas também com outras teorias correntemente aceites e aplicáveis a aspectos relacionados da natureza. Terceiro, deve ter um longo alcance: em particular, as consequências de uma teoria devem estender-se muito para além das observações, leis ou subteorias particulares, para as quais ela estava projectada em princípio. Quarto, e relacionado de perto com o anterior, deve ser simples, ordenando fenómenos que, sem ela, seriam individualmente isolados e, em conjunto, seriam confusos. Quinto – (…) deve ser fecunda quanto a novas descobertas de investigação: deve desvendar novos fenómenos ou relações anteriormente não verificadas entre fenómenos já conhecidos. Estas cinco características - exactidão, consistência, alcance, simplicidade e fecundidade - são todas elas critérios padronizados para a avaliação da adequação de uma teoria.

Thomas Kuhn, A Tensão Essencial

11 | materiais (1)

Como o prometido é de vidro (logo, facilmente quebrável), aqui estão aquelas que são, para Kuhn, as características de uma boa teoria científica:

Precisão (ou exactidão) – “o cientista deve escolher a área em que a exactidão é mais significativa”; a melhor teoria será aquela que nos proporcione os resultados mais exactos e que prevê com mais rigor fenómenos futuros. Nas palavras de Kuhn: “as consequências deduzíveis de uma teoria devem estar em concordância demonstrada com os resultados das experimentações e observações existentes”.

ConsistênciaAs teorias devem ser ter uma lógica interna e ser consistentes com a explicação científica de outros fenómenos. Assim, cada teoria deve ser consistente “não só internamente ou com ela própria, mas também com outras teorias correntemente aceites e aplicáveis a aspectos relacionados da natureza”. (é fácil perceber que a consistência facilita imenso a aceitação por parte da comunidade científica)

Alcance – Cada teoria é aplicável (e explica), não apenas aos fenómenos particulares observados, mas a muitos outros. “As consequências de uma teoria devem estender-se muito para além das observações, leis ou subteorias particulares, para as quais ela estava projectada em princípio”.

Simplicidade – Para além de parcimoniosa, a teoria deve tornar simples o que antes parecia complicado ou confuso. A teoria deve ordenar “fenómenos que, sem ela, seriam individualmente isolados e, em conjunto, seriam confusos.

Fecundidade – Cada teoria deve abrir caminho para novas descobertas. Deve “desvendar novos fenómenos ou relações anteriormente não verificadas entre fenómenos já conhecidos